O despertador tocou, levantei-me rapidamente; eu odiava aquele despertador ele não só me acordava como acordava a vizinhança inteira.
Do lado de fora algumas gotas molhavam minha janela; é hoje seria um dia terrível. Eu odiava chuva mais do que tudo em minha vida, e sempre achei que ela foi feita para as pessoas dormirem e não para irem à escola, e aquele friozinho todo estava me deixando muito, muito cansada e desta vez desci as escadas bem devagar, devagar até demais.
- Ei tia.
- Nan, me conta tudo!
Uma qualidade boa e ruim de Em era querer saber de tudo ao mesmo tempo; ela era nova tinha apenas 26 anos, era a mais casula da família da minha mãe e sempre um xodó comigo.
- Você estava certa, todos estavam certos; mais ele é tão cavalheiro...
- Onde vocês foram ontem? Fiquei curiosa vi a picape dele lá fora resolvi que não iria te incomodar, mais você não demorou muito lá está tudo bem?
- Sim, sim claro; acho que eu devo te-lo assustado um pouco, mais ele foi super cordial comigo.
- Que bom meu anjo quero que esteja tudo bem com você e com Ad; falando nele...
- Como foi seu encontro ontem cinderela?
- Ad não vêm, hoje não!
- Tudo bem, mais acho que esse pijama não está apropriado para ir ver Matt na porta.
- Tudo bem Ad; eu não vou olhar muito para ela.
O som daquela voz me fez arrepiar dos primeiro fios de cabelo até o pé; como ele poderia entrar assim de mancinho? Será que ele pegou tia Em falando comigo? Meu Deus minha roupa não era o demais, mais sim minha cara.
- OI – foi à única coisa que consegui gritar.
- Calma, não vou pular em você; é só que queria fazer uma surpresa... Olha essas flores é para, agradar seu dia...
- Tulipas? Mais como? Quer dizer não têm muitas por essa região e essas cores são lindas... - eram amarelinhas, azuis claras e rosas bem clarinhas.
- Eu tenho algumas no porão lá em casa, é um lugar bem reflorestado que toda a cidade; vocês deveriam ir ver.
- Adoraríamos – disse tia Em em um tom suave.
- Matt, essa é tia Emilly; mais conhecida como Em, é engraçado mais todos aqui tem apelido é uma forma mais amável...
- A sim, mais fácil também de decorar. E Nan se não se importa estamos quase na hora, lembra? Café?
- Nossa hoje; meu horário atrapalhado me espere, já volto.
Ele fez um sinal de sim, e sai correndo pelas escadas em uma sugestão de acordar mais rápido; enquanto ouvia tia Em e Ad conversando com Matt, não fiquei muito preocupada, tinha certeza que ele estava em mãos boas e que nenhum deles iria começar a falar da minha vida terrível para ele e não de manhã.
- Pronto.
- Nossa você é rápida, sua tia estava comentando comigo que você...
- Vamos então? Estamos atrasados, e Ad você vai a pé.
- Ok, vamos.
- Tchau tia, mais tarde nos falamos.
Eu sabia que ela tinha contado alguma coisa sobre mim, mais preferiria não saber para não ter que me explicar ou ficar brava.
Pegamos a primeira lanchonete a vista, ela o Caffe’s house, um lugar bom e agradável aquela chuvinha e que graças a deus não tinha muitas pessoas lá dentro.
- Você não gosta muito da sua vida, não é?
- Oi? Como? Gosto claro, só procuro evitar algumas coisas como meu passado...
- A sim, eu também procuro fazer isso às vezes.
- Me conte um pouco mais sobre você Matt, seus pais... Mais você tem irmãos?
- Tenho mais nunca nos damos bem; meu tio não gosta muito dele e na verdade acho que ele nunca se deu bem com nenhum de nós da família ele só vem magoando quem amamos.
- Ah, sinto muito deve ser como Ad.
- Não, é mais complicado; um dia quem sabe te contarei.
- Tudo bem, eu entendo.
- Hoje tenho uma proposta para você, que tal irmos a floresta perto da minha casa? Podemos fazer um pique-nic lá.
- Não gosto muito de florestas Matt...
- Tudo bem eu te protejo, posso levar minha arma de bolinhas para lá!
- Não...
- Vamos, vai ser legal; juro que nada demais vai acontecer com você e se precisar vou matar até os pernilongos para se sentir segura.
- Até os pernilongos?
- Sim.
- Que horas?
- As cinco, para ver o sol se por no meio das arvores.
- SOL? Que sol Matt, está chovendo?
- Vai fazer sol você vai ver, tome seu café rápido ou o sinal também irá tocar sua atrasadinha.
É agora era a gota d’água, SOL? Ele assistia jornal só pode mais não acredito muito que o jornal tenha previsto isso, em uma golada só terminei aquele café que por sinal estava muito bom. O caminho para a escola foi normal, em silencio ouvindo apenas uma musica que tocava em seu mp3; era agradável parecia até paramore.
- Prontinho.
- É chegamos, todos estão ainda do lado de fora, e isso não é bom.
- Posso saber o porquê não?
- Eles vão comentar mais...
- Nan, esquece isso vem.
Quando o vi ele já estava a porta do meu lado abrindo para descer, delicadamente ele pegou minha mão e segurou com força; sabia que ele capturaria cada tremor meu aquela hora e isso não seria nem um pouco agradável.
- Se você tremer mais vai causar um terremoto e olhe para mim, sou tão feio e assustador assim?
- Não, não é isso; mais eu sou.
- Esquece isso.
Eu não consegui enxergar mais nada, daí para frente só minha memória funcionaria; a menina que estava do meu lado acho que era a Lanny me olhou com uma cara de quem é ela para estar do lado dele, outros meninos o encararão com vontade de matá-lo, e nessa parte eu realmente fiquei com medo dele causar alguma coisa amais naquele dia. Eu não era muito bonita bom não o suficiente para me agradar, era loira cabelos compridos e bem eu gostava muito dos meus olhos e tinha um corpo bom, não para miss, mais o suficiente para entrar em uma loja e achar uma calça bonita.
Entramos no saguão da escola e lá estava Ban ela me encarou como quem nunca errava, e Ange; ela fingia que nem me conhecia, me afastei um pouco de Matt para ir conversar com Ban, realmente as coisas não estavam muito boas; Ban me contou que Ange estava afim de Matt, e como eu poderia prever isso? Não é culpa minha se ele veio ficar comigo, ou era? Procurava pensar o mínimo possível nas coisas para não provocá-la mais.
O decorrer do dia foi inimaginável, as aulas foram tranqüilas e na educação física; ele sentou do meu lado enquanto eu lia Amanhecer.
- Acredita nessas coisas Nan?
- Não lógico que não; ouvi falar de meninas que estão se matando por Edward...
- Você se mataria por alguma coisa que não conhecesse?
- Depende muito da situação, ele é só um ator.
- Mais essas fãs não o vêem como um ator, e sim como um vampiro que tenta salvar Bella das coisas certo?
- Bella, é a errada de tudo; se ela quisesse mesmo virar vampira ela se matava com veneno, ou se jogava de qualquer lugar para se matar, ele a veria morrendo e a transformaria, simples assim!
- Então acredita?
- Não. É só uma historia.
- Então porque supôs tudo? E ficou nervosa com Bella?
- Oras... Ela é irritante.
- Não acho que Edward esteja certo também.
- Edward não fez nada.
- Justamente, acho que ele é um vampiro; não pode sair no sol e simplesmente brilhar, vampiros morrem ao se expor no sol e não seria só de morder uma pessoa que ela a transformaria, e esses dons que ele tem chega a ser insuportável.
- Como entende disso senhor especialista em vampiros?
- Não entendo, eu simplesmente leio mais historias antigas e não essas para agradar o publico juvenil.
- mais Edward ainda é Edward.
- E eu?
- Você é o mais lindo de todos Matt, eu agradeço por você ter aparecido na minha vida. Posso falar que te amo?
- Nan, eu também te amo; obrigada por fazer meu coração voltar a bater.
- Ele estava parado é?
- Sim.
- Posso ser medica então.
- Pode sua boba.
Aquilo foi muito bom, na verdade foi ótimo; nós quase nunca conversávamos a maioria das vezes era um silencio reconfortante, eu precisava desse silêncio, porém quando ele resolvia falar, era muito lindo ele sempre me fazia sentir bem. O dia foi passando rápido demais quando o sol realmente raiou, e sim eu iria ver o sol entre as arvores aquele fim de tarde.
- Nan, posso te pegar as cinco então?
- Pode sim Matt, vou estar te esperando.
- Ok, mais não durma, por favor; não quero me atrasar.
- Uhuhum.
Sai do carro bem de vagar, eu não tinha presa nenhuma para ver ele virando a esquina, cada minuto com ele valia muito e sim; eu iria dormi aquela tarde mais aquele pequeno despertador me acordaria antes mesmo dele chegar.
Quatro e meia...
Aquele despertador realmente me matava, mais eu não pegava meu celular para despertar também de preguiça porque poder eu podia. Pequei minha jaqueta com medo de fazer frio e minha camiseta vermelha, básica mesmo; vesti meu jeans e fiquei esperando, foi só questão de sentar na cama que a campainha tocou.
- Pronto?
- Prontinho, falei que não ia dormi?
- Eu acho que dormiu sim em...
- Tá tudo bem, mais acordei cedo.
- Ok meu amor, não se preocupe; vai ter mais tempo para descansar lá, e a propósito... Um despertador novo para você.
- AN? Eu não comentei que o meu estava ruim.
- Não mais eu escutei hoje de manhã, então tomei a liberdade de comprar um novo, acho que vai gostar.
- Posso abrir depois?
- Claro como quiser.
Entramos na caminhonete, eu não sabia ao certo onde íamos, mais sabia q iria ser bom; a final da ultima vez não foi tão mal quanto imaginava e estava super curiosa para saber o que ele tinha arrumado.
Entramos em uma mata bem fechada, um pouco distante da cidade, o suficiente para se eu gritasse ninguém me escutaria. O medo foi invadindo meus pensamentos e memórias me corroíam, tentei o máximo disfarçar mais não estava colaborando até que vi uma casinha aos fundos; não era uma casinha, era um casarão o maior que eu já tinha visto igual de novela, aposto que do terraço dava para ver a cidade inteira.
- É sua? – as palavras custaram a sair da minha boca.
- Na verdade é da família, meu tio mora aqui; mais não se preocupe ele saiu hoje.
- É...
- Não se preocupe, não vou fazer nada com você; vamos só jantar a luzes de velas e no terraço.
- Lá deve ter uma vista maravilhosa.
- Você já, já vai ver.
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Entramos no Hall, que lugar maravilhoso; era quadros para todos os lados, um sofá gigantesco, uma televisão do tamanho da tela do cinema da cidade, o cheiro de madeira velha molhada invadia aquele lugar dando vida.
- Então vamos para o terraço, para ver o sol...
- Claro.
Ao chegar lá, a cena era indescritível; ele começou a arrumar as coisas, e começamos a lanchar e conversar sobre nossa vida e como iríamos escapar daquele mundo todo.
- Antártida, o que acha?
- Ótimo Matt, mais frio demais.
- Austrália?
- Não muitos cangurus...
- Veneza?
- Muito clássico...
- Bolívia, - uma voz rouca mais tão linda quanto a de Matt atrás soou – o casal deveria conhecer aquele lugar.
Eu não deveria ter me virado para ver, não se soubesse a cara que Matt ia fazer, aqueles olhos verdes oliva me encararão com uma cara de que eu era a primeira refeição de tão doce e prazeroso.
- Marco.
- Mattheus.
- Você...
- Ah que isso larga de sentimentalismo, e a propósito quem é a menina? Sua próxima refeição? A sim, não era para assustá-la, mas relaxa benzinho, não vai sentir nada eu juro que não vai nem se lembrar, não terá pistas.
- NÃO Marco, ela não é.
- Com licença, mais do que vocês dois estão falando? E quem é você?
- Que coisa feia Matt, não anda falando de mim para os outros? O cheiro dela é conhecível... Já nos vimos por ai criança?
- Não, eu não sei nem quem é você.
- Desculpe o Marco, a falta de educação dele; isso não estava nos planos.
- Eu sou o irmão mais velho dessa criatura.
- A sim, ele me falou de você; e falou que não é bem aceito aqui.
- Que isso Matt, não falou isso para ela, não é? Ainda com remorso? A culpa não foi minha, foi sua e você bem sabe disso.
- Do que vocês dois estão falando? É melhor eu ir indo.
- É melhor mesmo Nan, temos que conversar sério sobre isso; e é melhor você não ver.
- A fala sério Matt, anda usando as pessoas agora? Brincando com alimento?
- COMO? O que ele quis dizer Matt?
- Ele só é um pouco doido, não falei para você ele estava internado em um sanatório.
- Ok. Leva ela para casa e conversaremos irmãozinho.
Em um flash de luz pensei o verele sumindo pelas escadas a fora, eu estava ficando doida também?
- Matt me explica o que ele quer? O que é aquilo que ele falou com você? Me comer, refeição, brincando com alimento?
- Ele é doido, ele só pensa em mulheres como objeto sexual; não pensa besteira.
- Certo, mais como ele sumiu...
- Aquilo foi um surto de adrenalina; você tava estressada com aquela conversa foi só isso, ele corre bem também quando sabe que alguma coisa vai acontecer.
- Tudo bem. Eu confio em você Matt, por favor, não faça nada com ele, nada que se arrependa; ele acima de tudo é seu irmão.
- Ele já me tirou a paciência Nan, eu tenho que tomar medidas drásticas, não se preocupe ele vai embora.
- Não faça nada que se arrependa.
- Pode deixar, te encontro amanha na escola, não é? Posso passar aqui antes para te levar?
- Claro, e claro que pode.
- Ok, durma bem meu anjo; não se preocupe eu estarei com você e não abra a porta para ninguém viu.
- Sim, sim amor.
- Boa noite.
Eu concordei, virando as costas e sem saber o que se passava; alguma coisa me dizia que algo de ruim ia acontecer. E se o irmão dele fosse um maníaco que de repente quis aparecer?
Isso não seria possível, e realmente eu agora estava perdendo o sentido das coisas; quando me troquei e fui dormir pensando na melhor das hipóteses.
0 Lembretes .:
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