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31/05/2010 1 Lembretes .
Capitulo V


O sol tinha raiado, disso era a única coisa que tinha certeza; algo em mim doía mais que antes e dessa vez não era a minha cabeça.

Experimentei abrir os olhos de vagar, para ter certeza que estava no mesmo lugar quando deitei; é e para a minha surpresa estava mais minha coluna doía muito foi de mau jeito que dormi e isso era fato. Matt, onde estava Matt? Olhei para todos os lados tentando localizar uma sombra dele e nada.

- NAN! Não vai à escola hoje?
Os gritos de minha tia logo me mostraram que eu estava mesmo na terra e que estava ali olhando para lugares vazios.
- Calma. É eu acabei de acordar, santa paciência!
- Tudo bem Nan, e a propósito porque dormiu na rede?
- Eu? hãn? Viu o Matt?
- Não Nan e deveria? Acho que desde ontem quando te deixou aqui ele não voltou.
Meu pesadelo era real? Matt estava aqui eu o vi deitando e me colocando na rede; não acredito que não seja verdade. Eu peguei as coisas por mais rápido que pude para ir à escola, sabia que iria encontrá-lo.
O caminho para a escola foi uma monstruosidade, parecia que alguma coisa tinha passado pela cidade; ou não era somente eu que estava sentindo dores aquele dia, todos com quem eu passava pelas ruas estavam cabisbaixos. O tempo também não favorecia muito com uma cara fechada, e um vento estranho.
Na porta da escola todos estavam olhando uns aos outros, como que alguma coisa ainda precisava ser explicada, e agora sim eu estava começando a ficar com medo até que uma mão suave tocou meu ombro.
- Nan vamos para outro lugar; um pouco mais distante daqui.
- Matt! ONDE você estava; eu fiquei preocupada, você foi embora não me falou nada...
- Por favor, Nan vamos para outro lugar.
- Não. Eu não vou! Tenho aula e você também, mesmo que ninguém aqui demonstre interesses.
- NAN não discute! Diretor Lams faleceu.
- O QUE? Quando?
- DROGA NAN, aqui NÃO!




Sabia que ele não estava brincando, e topei segui-lo; e entramos em sua caminhonete, a velocidade era incrível o ponteiro já estava nos 250 km, quando alcançamos o primeiro raio de sol que estava bem longe.
- A quanto tempo?
- 3h da cidade.
- Por quê? O que aconteceu com Lams? Na verdade o que aconteceu com todos?
- Nan, tem coisas que são incompreensíveis não sei o quanto você suportaria em saber das coisas.
- A sim Matt, quer dizer agora que tem fenômenos estranhos lançados sobre a cidade? Bruxaria, ou um vampiro que pode mover o temperamento de todos?
- Até a onde você acreditaria em lendas?
- Bom até onde é escrito e foram felizes para sempre; ou seja, nos livros!
- Nan, é melhor voltarmos.
- Não você me trouxe até aqui para perguntar isso? Andamos 3h para NADA? O não Matt me poupe sinceramente você desde quando apareceu na minha vida nunca foi tão bom de mentiras.
- Como está sua coluna?
- Bem, nossa bem demais - eu havia esquecido que ela estava doendo, parecia mágica ou o sol fez um efeito bom - mais como sabia?
- A suspeitei como andava e te deixar na rede daquele jeito - sua expressão havia mudado e muito, agora parecia triste demais para poder falar.
- Porque você foi embora?
- Imprevistos.
- A sim, é um grande motivo para me deixar!
- Nan, desculpa.
- Não Matt; se é por isso que me trouxe aqui para pedir desculpas, acho que podemos sim voltar.
- Não Nan.
- Então o que é?
Eu ouvi uma pausa cruel; além de querer não pensar no pior eu sabia que aquela historia toda era uma baboseira mais não podia me render fácil, e sobre lendas era pior ainda pensar naquilo; eu havia lido varias livros mais não, não era possível. Enquanto eu pairava sobre meus pensamentos seus olhos procuravam um foco para quem sabe dizer alguma coisa quando vi seus lábios abrindo.
- Nan, você acredita em mim?
- Matt eu acredito, mais me parece que existe algumas coisas ocultas entre nós.
- Eu não sei como lhe explicar, as coisas não são tão simples.
- As coisas nunca são simples, e nunca vão ser Matt, bem vindo ao mundo se você descobriu que esta nele agora.
- Não é bem assim, estou aqui a mais tempo que você...
- Sim 1 ano a mais.
- Por favor, não torna as coisas mais difíceis.
- A sim, agora faz tudo sentido; falando em ter mais experiência, Marco questionando como eu estava viva ainda... Você é um psicopata? Ou alguma coisa do tipo?
- Outras conclusões Nanny?
- Não só essas.
- Não, não sou um assassino muito menos um psicopata. Sou muito mais normal da cabeça que você eu acho.
- Tudo bem, eu nunca fui bem mesmo - não podia evitar os risos, sabia que aquilo tudo estava sendo um desconforto demais - suponhamos que você leu muitos livros, sobre é... Vampiros e você se identificou com um; tem anos de vida, e detectou alguma coisa ruim na cidade, Marco não tem nada haver com isso mais você não quer me machucar e muito menos arriscar. Então porque não dizer rápido, é legal ser igualado com um vampiro mais está indo longe demais Mattheus!
- Isso foi melhor do que eu imaginei - é agora eu o fiz rir e era esplêndido aquele sorriso angelical - e se eu fosse mesmo um? Teria medo de mim?
- Nossa eu não sei como ainda estou aqui conversando com você, como não morri de medo. Cai fora dessa Matt já dei uma teoria ridícula; e não sei mais o que estou falando, a piada foi tão boa que você mesmo riu.
- Eu tinha escolha?
- Todos têm, não?
- Eu não achei a minha.
- Talvez se você fosse mais racional saberia onde está a sua.
- Quando eu estou com você a minha única escolha e poder te fazer a melhor pessoa do mundo, é o que você merece Nan; mais não facilita as coisas para mim e não quero lhe fazer sofrer então sobre ontem, eu sei que vai falar que não preciso me desculpar eu sei que não vai me perdoar agora, mais se pudesse me escutar.
- Está bem Matt eu não colaborei em nada até agora não? Suponhamos...
Errei a palavra, supor as coisas era pior que advinha-las; fiquei olhando para as arvores, não estava com medo de ver a realidade e sim de acreditar em algo que não existisse foi quando eu consegui realmente encarar ele; por uma fração de segundo perdi minha respiração, minha morte estava realmente chegando; quanto tempo fiquei sem olhar para ele? 5 minutos era o suficiente para dizer o que meus olhos viam?
- M..att.
- Não Nan.
- Co..mo? O QUE?
- Era isso que estava tentando lhe dizer!
Os olhos de Matt estavam vermelhos; mais não vermelhos normais e sim sangue vivo, as veias ao redor pareciam que iam explodir, sua pele estava mais gélida do que antes; seus lábios combinavam com a cor dos olhos, sei que é ridículo mais a cena estava linda. Maquiagem pensei comigo mesma, era impossível em tão pouco tempo.
- Não, vampiro não existe; você fez isso GENIAL! Já pensou em fazer cinema? Perfeita a maquiagem!
- Obrigada pelo elogio; não, não é maquiagem.
Eu via que ele estava falando entre dentes, que na realidade eu não conseguia ver os dentes dele; será que estavam ainda perfeitos ou alguma coisa modificou lá também? Seria extraordinário, quem imaginaria um profissional.
- Sorri.
- Nan, não piora as coisas.
- Anda me mostre seu sorriso! É uma ordem Matt antes que eu saia daqui e nunca mais me veja.
Logo eu o vi abrindo aquele sorriso, cintilante; mais brilhoso que qualquer diamante, era como as estrelas que brilhavam mais sem piscar. Não agora eu realmente estava ficando louca, eles não eram tão afiados assim como antes, como se todos os dentes fossem caninos!
- Nan! Fale alguma coisa.
Como poderia, o que? Não os livros eram mentiras, ou são verdades baseados em fatos reais? Impossível era a palavra que vinha na minha cabeça toda hora, Edward Cullen era real? Cai nessa Nan, não viaja não existe!
- Nan, amor, por favor, não me deixe mais nervoso!
Foi quando eu cai em mim e vi que estava paralisada olhando para aquela face imóvel e aterrorizado; na verdade eu gostaria de ter um espelho para ver minha face também, deveria estar pior e imóvel, eu deveria respirar lembrei para mim mesma
- É real? Desde quando?
- Há muitos anos. Não existem muitos, não que eu saiba; Marco e eu já rodamos pelo planeta a fim de achar uma explicação uma cura para isso, Nan eu não queria...
- Cura Matt, como cura? Você não está doente. Como veio acontecer? - eu não estava pronta para fazer essa pergunta mais sabia muito bem que não podia parar para ouvir meus pensamentos ou ele iria achar que eu estava em transe - Você não tem culpa de nada não deve não querer as coisas nessas horas.
- Eu não entendo você...
- Matt, eu não sei mais do que se trata minha cabeça esta tudo tão confuso, por favor...
- Eu estava viajando com Marco pelas redondezas quando encontrei um velho senhor, ele falou que nossa vida não podia continuar; que deveria-mos ser mortos, eu e meu irmão não tinha-mos nada na cabeça e espancamos o velho. Alguma coisa deu uma gargalhada atrás de nós falando "perfeito!", a coragem nunca faltou para nós dois, quando nos viramos para ver quem era o outro idiota que nos desafiava - ele fez uma pausa e jurava ter visto uma expressão de dor no seu olhar que agora estava voltando ao normal - era uma jovem, linda, extremamente maravilhosa Nan; assim como você, só que seus cabelos eram negros como a noite e enrolados como as dos cachos de uva; e se você acha meu sorriso lindo, o dela era muito mais da sua boca vinha cheiro de menta fresca, seus olhos um azul perfeito, transmitia mais paz que qualquer coisa no mundo.
" Eu e Marco ficamos observando atentamente enquanto ela se esbanjava em alegria e felicidade. não entediamos o porquê quando Marco com sua elegância foi cumprimentá-la e um golpe só o deixou no chão, foi tão rápido, eu não pude fazer nada!" - sua voz era tão fria, dor, desespero e uma coisa o impedia de gritar ou quebrar o que visse pela frente, no caso eu. “ela veio sorrindo para mim e vi que em seus olhos ardia em dores e ódio, ela apenas sorriu e alisando meu rosto sussurrou ''homens'' você tem sorte, salve-o agora". Desespero me invadiu como qualquer coisa que podia nesse momento, quando ela cortou seu pulso e me fez beber aquele sangue; fresco quente, um sabor calculadamente uma mistura de menta com chocolate se pode dizer que é o melhor sabor que existe. Saboreei o Maximo possível e quando dei por mim, ela havia torcido meu pescoço; não sei lhe explicar Nan, eu morri? Marco ali chorando de dor, ele não ia conseguir Nan não por muito tempo; então fiz o mesmo dei um pouco do meu sangue para ele e sai correndo; eu corria contra o vento mais que o vento! Era mágico e estranho ao mesmo tempo...
- Marco, você o deixou para traz? Como pode Matt? - meu coração batia uma repulsa por não conseguir falar; era diferente de tudo que eu tinha imaginado, ao mesmo tempo maravilhoso.
- Não Nan, não exatamente; não sabia o que fazer, andei até ir a um hospital quando dei por mim não podia falar, os meus pensamentos sim, mais minha voz não saia era como se alguma coisa queimava, ardia profundamente - seus olhos encherão não de lágrima mais de tristeza, era um vazio enorme - quando escutei do outro lado da floresta, um grito; mais não era um grito de desespero e sim de felicidade e como era possível? Ela havia me seguido e sabia do que eu estava prestes a fazer, uma enfermeira veio correndo ao meu lado perguntando se alguma coisa havia acontecido, mas nenhuma musculatura da minha boca conseguia mexer eu apenas apontei para a estrada, quando rapidamente ela correu para chamar outros médicos e vi que ali era minha chance eu tinha de ir embora antes que mais pessoas se envolvessem.
- Não sei o que falar Matt – eu sabia exatamente o que dizer a ele, mais meu coração se recusava a dizer que ele era único – o fato de você não ter ajudado ele não significa muito, mais ele é seu irmão.
- Nan, é isso que eu quero te dizer, éramos dois idotas; mais eu sabia muito bem que ia dar tudo certo, deu pra mim e se ela ainda tivesse atrás de mim?


- Já é o bastante para mim, olha; eu não deixo de te amar por isso, nada mudou ok? Só deixa o final da historia que o tempo mostre ta tudo bem, eu vou te ajudar no que for preciso.
- Eu te amo, não vou feri-la; Nan, eu não sou um monstro, e posso lhe garantir tenho muito mais coração que alguns ‘humanos’.
Eu sabia exatamente o que eu estava fazendo, e questionar ou saber do final de sua historia já era o bastante para mim, o bastante que eu poderia agüentar; ele me olhou no fundo dos olhos, e agora seus olhos eram mais azuis como antes, sua pele mais escura e quente; eu adorava ficar olhando suas expressões, mas agora alguma coisa estava diferente eu o olhava com mais doce, sabia que ele era melhor que eu pensava.
- Nan, escute; diretor Lams...
- Matt, esqueci disso; como? O que tem na cidade? Porque todos estão assim, e porque minha coluna parou de doer assim?
- Seria mais fácil de você não me interrompesse – genial agora ele estava rindo com doçura, e eu idiota o interrompendo, mais é claro que ele viu que fiquei sem graça então pegou no meu queixo – existem mais coisas no mundo do que minha espécie Nan, é melhor você saber isso por mim que por outra pessoa; suspeito que seja um aluno novo, Luan. Eu tive a oportunidade de conhecer ele há um tempo, e ele não mudou nada de quando o vi e você não existia nessa época.
- Outro vampiro?
- Não dessa vez, o coração dele bate melhor que o seu se quer saber; mais suspeito de outra coisa, ele está nervoso deve ter sido expulso de onde estava sua raiva se expande por onde ele passa; já leu Harry Potter? É algo parecido com os ‘dementadores’.
- Então Matt... Ele seria um bruxo?
- Ou pior que isso, não tenho certeza.
- Ele, ma...tou Lams?
- Não foi Marco, quando sai da sua casa mais cedo, foi para justamente comprovar isso; Marco está pegando sangue de um banco de doadores não é ele, e a forma como Lams foi morto. Sem um ferimento é como se o coração dele parasse.
- Mais como pode melhorar? Quer dizer... O que fazer? Você não tem poderes...
- É não tenho, mais ele pode me obedecer; eu posso persuadi-lo.

- Isso não é certo Matt, você não é tão forte não quero nada de mal para você, por favor. Não faz isso comigo.
- Calma Nan, não vou matar ninguém, e não vou lutar corpo a corpo. Olha vou te levar para casa para descansar, você vai voltar a sentir a mesma dor na coluna; vou tentar achá-lo, a única solução seria se o sol voltasse a raiar mais pelo que eu vi até isso ele esta tirando das pessoas; procure ficar em casa, a aula vai ser suspensa hoje e talvez amanhã então eu te encontrarei assim que conseguir, vou colocar Marco para te vigiar; sei que ele não vai querer mais se eu colocar isso nas mãos dele pode ser pior.
- Ou pior seria eu ficar com ele.
- Não amor, ele não irá fazer nada com você.
- Matt eu te amo, por favor; não faça nada que mude as coisas.
- Vamos?
Eu entrei silenciosa dentro do carro, à medida que nos afastávamos do sol; realmente minha coluna voltava a doer e eu já imaginava o que estava por vir, Matt tentando convencer um bruxo com raiva de abandonar ou ficar mais calmo. Minha coluna estava latejando e eu evitava se contorcer sabia que ele estava me vigiando e estava sofrendo mais que eu; eu coloquei minha mão sobre seu cabelo, e coloquei meus lábios em sua orelha sussurrando que eu o amava.






Não sei como cheguei em casa, só sei que quando abri os olhos estava tudo escuro, então voltei a dormir.


1 Lembretes .:

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